– Iniciativa no âmbito dos 270 anos do Hospital da Misericórdia

Decorreu no passado dia 29 de Junho, a recriação dos Antigos Arraiais da Misericórdia, que nas décadas de 30 e 40 do séc. XX, constituíram momentos marcantes da História da Instituição, pelo envolvimento da comunidade na angariação de fundos para colmatar problemas financeiros do Hospital. A fazer relembrar os tempos antigos, esta iniciativa contou com um forte envolvimento da população barquense e com uma massiva presença de pessoas a assistir.

Este foi um dos  pontos altos das comemorações dos 270 anos do Hospital da Misericórdia. Como explicou o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ponte da Barca, Rui Gomes, esta “é uma festa para o nosso concelho e para a população barquense”, salientando ainda que esta iniciativa visa “retratar os 270 anos do Hospital da Misericórdia, que nasceu numa casa modesta, apenas com duas camas e passado cerca de um século  e meio conseguiu, com uma Mesa Administrativa com visão, lançar o projeto de um novo hospital.”. O Hospital da Misericórdia viria a sofrer avanços e “o novo espaço  a ser inaugurado em 1911 só com uma ala e pouco depois mais próximo da configuração atual, tal como o conhecemos”, explicou ainda o Provedor da Instituição.

A noite do dia 29 de Junho foi “um esforço de toda a comunidade barquense que, mais uma vez, disse presente” , concluiu.

Esta iniciativa conjunta, que contou com o apoio da Câmara Municipal de Ponte da Barca e da União de Freguesias de Ponte da Barca, Magalhães e Vila Nova de Muía, teve como parceiros privilegiados as associações e demais Juntas de Freguesia do concelho.

Um dos destaques desta iniciativa foi uma encenação recordando José Carneiro Bouças, com encenação de Jaime Ferreri, com “pequenas histórias do tempo de José Bouças, que ele contava entre amigos e eu tive a felicidade de ser um dos amigos a quem ele confiou essas histórias”, confidenciou Jaime Ferreri. Sobre José Carneiro Bouças, o encenador barquense assume que “será difícil aparecer um homem como ele, pois ele era muito jovem quando começou nos Bombeiros, seguindo depois para a Santa Casa e para a Câmara Municipal. Trouxe a esta terra um pedaço do seu coração. A coragem, a força, a garra e a teimosia de ir para Lisboa  reclamar pelas coisas, fizeram dele um homem grande.”

A noite começou com o Arraial dos Pequeninos, uma rusga formada pelas crianças do Jardim de Infância José Carneiro Bouças, seguindo-se a Rusga de Bravães, Cuide Vila Verde, Lavradas e União de Freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães.

“Estou sempre orgulhoso da população de Ponte da Barca e hoje foi mais um motivo para isso”, referiu o autarca barquense, que também esteve presente na iniciativa. Sublinhou ainda a importância das parcerias, realçando “a comunhão entre a Santa Casa, a autarquia, as juntas de freguesia e as associações do concelho que colaboraram nesta iniciativa.” Relativamente ao Hospital da Misericórdia sublinhou ser “curioso” pensar que “começou apenas com duas camas”, algo que “hoje em dia é impensável ao olharmos para esta dimensão, mas é importante referir isto para vermos a evolução dos tempos”. “Queria felicitar todos os que estiveram envolvidos nesta iniciativa. Estamos todos de parabéns. Quando os barquenses se unem conseguem fazer coisas maravilhosas e este é um exemplo disso mesmo”, concluiu o autarca.

No final da noite, Ângelo Cardoso e Cristina Maia Rodrigues deram o mote para o bailarico final, o “Baile da Telefonia”, recordando os tempos da telefonia e as músicas de outros tempos.

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